Analise de hemograma
André Figueiredo Maciel
Renato Dias Guimarães
Caso Clínico
Paciente A.C.R. 25 anos, sexo feminino, procura emergência médica com cansaço aos esforços. Ao exame observou-se palidez em mucosas, icterícia (+/4+), taquicardia. Esplenomegalia 4 cm abaixo do rebordo costal. Nega exposições à chumbo.
A partir da análise do hemograma, é possível perceber a presença de anisocitose (grande quantidade de eritrócitos de tamanhos variados), microcitose (redução do tamanho das hemácias) e hipocromia (redução da cor dos eritrócitos, refletindo a queda da taxa de hemoglobina).
Hipótese Diagnóstica: Considerando que o paciente possui anemia microcítica e hipocrômica com o valor de RDW aumentado inferimos que se trata então que Anemia Ferropriva
Diagnósticos Diferenciais: Talassemia, Anemia Siderobástica e Anemia por Doenças Crônicas.
Aspectos importantes da Anemia Ferropriva:
A anemia carencial ferropriva é a mais comum das anemias da infância. A idade de aparecimento geralmente é de 6meses a 2 anos, com pico de 6 a 10 meses, mas os sintomas geralmente se tornam evidentes mais tarde
São fatores de risco: prematuridade ou baixo pesos ao nascer, anemia materna, ingestão exagerada de leite de vaca (ou de cabra), dieta prolongada com mamadeiras (atraso em iniciar alimentos sólidos), perda gastrointestinal ( diarréia crônica, ancilostomíse, RGE, alergia a leite de vaca, anomalias anatômicas, úlcera péptica).
Sinais Clínicos: Adinamia, fraqueza, desânimo, mau desempenho físico e escolar são comuns. Pode haver vontade de comer terra ou gelo. Esplenomegalia pode ser palpada em 15% dos doentes. Deficiência de ferro está relacionada com déficit de aprendizado, menor desempenho intelectual e de atenção, tanto em crianças quanto em adolescentes.
Geralmente e microcitose e hipocromia e poiquilocitose mais a história clínica são suficientes para o diagnóstico e início do tratamento. Quando a história é típica e a