Hematologia sangue
Interpretação laboratorial das anemias microcíticas e hipocrômicas hemolíticas
1. Como diferenciar no hemograma um quadro de anemia hemolítica e não hemolítica?
A anemia hemolítica no hemograma pode apresentar um quadro eritrocitário de macrocitose, devido a presença de reticulócitos. O reticulócito é uma célula maior que o eritrócito (em torno de 25% maior) e isto é a causa da macrocitose. O aumento do reticulócito reflete, na extensão sangüínea, a policromatofilia. Esta situação é acompanhada do aumento do RDW. Este quadro hematológico caracteriza uma anemia hemolítica, principalmente em crise de hemólise. As anemias microcíticas e hipocrômicas apresentam policromatofilia, podem apresentar eritroblastos, reticulocitose, aumento do RDW e pecilocitose intensa, mas não fazem macrocitose. Isto caracteriza um grupo específico de doença, as talassemias. Em toda anemia microcítica e hipocrômica, com características de hemólise, deve-se pensar em talassemia.
2. É sempre possível caracterizar uma anemia hemolítica pelo resultado do hemograma?
Nas anemias microcíticas e hipocrômicas pensa-se em talassemia, mas pelo hemograma não se tem como caracterizar a alfa ou beta talassemia. Deve-se fazer exames complementares ao hemograma.
3. Que outros exames, além do hemograma, podem ser feitos para caracterizar um quadro hemolítico?
No caso das talassemias, que fazem hemólise extravascular, a bilirrubina indireta fornece a intensidade de hemólise. A queda da hemoglobina reflete a intensidade da anemia e a partir dela, pode-se classificar os diferentes tipos de talassemia.
4. Quais os achados laboratoriais de produção medular aumentada?
O achado de produção medular aumentado é a reticulocitose, que na extensão sangüínea reflete a policromatofilia. O índice de produção de reticulócitos reflete a eritropoiese eficaz.
5. Quais os achados laboratoriais de destruição aumentada?
No caso das talassemias a destruição aumentada está refletida pelo aumento da