Anemia Falciforme

1.0 INTRODUÇÃO
A Anemia Falciforme é a doença hereditária mais prevalente no Brasil, acometendo cerca de 250.000 crianças por ano, principalmente negros e descendentes.
De acordo com o Ministério da Saúde, 3,5 mil crianças nascem com doença falciforme, por ano, com tendência de aumentar cada vez mais, devido ao alto grau de miscigenação no Brasil. E este dado serve para confirmar que é um problema de saúde pública, já que tem maior incidência que a AIDS e a Dengue no país.
É uma doença de caráter genético, originada por uma mutação no cromossomo 11, que resulta na substituição de um único aminoácido na cadeia beta leva a hemoglobina “S” a assumir uma configuração diferente, que causa a deformação das hemácias, permitindo que elas assumam a forma de foice, cujo conteúdo predominante é à hemoglobina “S”, que assumem em condições de hipóxia, forma semelhante à de uma foice.
Manifesta-se em indivíduos homozigóticos para a hemoglobina “S” e em combinação com outras hemoglobinas anormais, o que pode resultar em doença falciforme. Os portadores do traço falciforme são indivíduos saudáveis que receberam a hemoglobina mutante de um único genitor. Anemia Falciforme é determinada pela presença da hemoglobina “S” em homozigose (SS), herdada de ambos os genitores.
Descrita pela primeira vez em 1910 por Herrick,Originária principalmente da África, mas também da Índia, da Arábia Saudita e de países mediterrâneos. frequente, mas não exclusiva, em indivíduos de origem africana. Atualmente, a DF serviu como barreira natural para a expansão do Plasmodiumfalciparum, se encontra difundida em grande parte da população mundial.
Atualmente, no Brasil, com base nos dados do PNTN, nascem cerca de 3.500 crianças por ano com Doença Falciforme ou 1/1.000 nascidos vivos e 200 mil portadores do traço falciforme. Tal doença encontra-se distribuída na população de forma heterogênea, com maior prevalência nos estados que possuem maior concentração de afrodescendentes com recorte social