Anemia falciforme
No Brasil, a anemia falciforme tem sido apontada como questão central para a saúde publica, em virtude das características epidemiológicas que apresenta. A anemia falciforme é uma doença hereditária que atinge as hemoglobinas e está presente, principalmente em negros, além da prevalência elevada, outra característica comumente associada à doença é o potencial de morbidade. Podem ser apontados como algumas das conseqüências provocadas pela anemia falciforme: Crises dolorosas, palidez, cansaço, fácil icterícia, ulceras nas pernas ou mesmo seqüestro de sangue no baço, considerando que a anemia falciforme não tem cura. A identificação e tratamento precoce são requisitos indispensáveis para o aumento da expectativa de vida de crianças com anemia falciforme, por isso a recente inclusão da identificação de hemoglobinopatias no teste do pezinho.
O Estado da Bahia é o de maior prevalência da anemia falciforme no país, há uma presença do tema no Estado da Bahia, como era de se esperar, pela prevalência da doença e pelo grande numero de pessoas portadoras do traço falciforme.
Não havendo cura para a anemia falciforme, apenas tratamento dos sintomas, um dos grandes desafios para a saúde publica é como instituir um programa nacional de prevenção que não ocorra os mesmos erros das políticas estadunidense ou cipriotas, por exemplo, em que restrições graves ás liberdades individuais foram instituídas. O combate a anemia falciforme foi uma meta de saúde publica nos Estados Unidos com a institucionalização da Lei de Prevenção Nacional de Anemia Facilforme, em 1972. As conseqüências nefastas da política estadunidenses mostraram, que na ausência de cura para a anemia falciforme, a principal estratégia de ‘’combate’’ á doença era por medidas