A arte tem como principal função expressar valores, referências culturais, transmitir mensagens e intenções a seus respectivos receptores de modo estilizado e criativo. E é a partir dessa ideia que o Museu de Arte Moderna, localizado em São Paulo, apresenta no primeiro semestre de 2013 a exposição do artista Andy Warhol em parceria com Christopher Makos, que discute, principalmente, um assunto polêmico na sociedade contemporânea, o homossexualismo, a questão da identidade e da imagem na contemporaneidade. Suas obras tratam de fotografias do próprio artista, captadas pelo fotógrafo e artista Christopher Makos, que são expostas nas paredes brancas de uma sala, juntamente com alguns televisores. Nas fotos são utilizados signos de origem masculina, mas retratados na imagem da mulher, ou seja, trata-se de uma ambiguidade dos sexos, a retratação das vestimentas cotidianas de homem, a gravata e a camisa, juntamente com a peruca e maquiagem simbolizando a imagem da mulher, gerando um contraste entre ambos. A partir disso a mensagem da obra passa a tomar forma. O grito do homossexualismo é efetivado, a arte questiona á sociedade sobre tal conceito, sua aceitação, e o concretiza por meio das fotos e do registro do processo de transformação do artista nessa ambiguidade de gêneros. Ainda, a utilização do espelho em uma das fotos questiona como o homossexualismo é refletido na imagem da pessoa, e quais serão as consequências de tal fato da sociedade para com o homossexual. A identidade também é abordada em tais fotos artísticas, uma vez que mistura os signos dos gêneros em uma só pessoa, esteticamente, e trás o questionamento de como isso se reflete na sociedade e o modo em que ela se relacionará com o indivíduo diante de tal fato. Deste modo, o uso da fotografia torna-se essencial para que a mensagem seja efetivada, uma vez que concretiza e impacta o receptor com uma imagem real, registrando até mesmo o processo de transformação do artista e trabalha com uma imagem