analises quimicas
A maioria dos fármacos é absorvida passivamente pela membrana plasmática
Outra forma de classificação dos fármacos utilizada por químicos farmacêuticos, para melhor compreensão dos modos de interação entre o fármaco e a biofase necessários para gerar uma resposta biológica, é em relação ao seu tipo de ação que pode ser estruturalmente inespecíficos ou estruturalmente específicos.
- Fármacos estruturalmente inespecíficos: são os fármacos que dependem exclusivamente de suas propriedades físico-químicas como o coeficiente de partição e o pKa para promoverem o efeito farmacológico observado. O exemplo clássicos destes fármacos estruturalmente inespecíficos são os anestésicos gerais, que agem sobre o SNC, bloqueando a condução de impulsos nos nervos sensitivos periféricos e esta ação farmacológica está diretamente relacionada ao seu coeficiente de partição óleo.
As principais propriedades físico-químicas de uma micromolécula capazes de alterar seu perfil farmacoterapêutico são o coeficiente de partição, que expressa a lipofilicidade relativa da molécula (Log P), e o coeficiente de ionização, expresso pelo pKa, que expressa o grau de contribuição relativa das espécies neutras e ionizadas.
Como a maioria dos fármacos é absorvida passivamente pela membrana plasmática, destaca-se a importância das propriedades físico-químicas (Log P e pKa) para que o fármaco atinja concentrações plasmáticas capazes de gerar o efeito biológico.
- Fármacos estruturalmente inespecíficos: são fármacos que exercem seu efeito biológico pela interação seletiva com uma determinada biomacromolécula (receptores metabotrópicos, receptores ionotrópicos, enzimas e ácidos nucléicos). O reconhecimento molecular do fármaco pela biomacromolécula depende do arranjo espacial dos grupamentos funcionais e das propriedades estruturais da micromacromolécula, que devem ser complementares ao sítio de ligação da biomacromolécula, conhecido como sítio receptor.