analise
Objetivo
A escrituração e os métodos de registo contábil, bem como os conceitos que lhes estão associados, surgem e desenvolvem-se, ligados ao desenvolvimento dos negócios, desde a Antiguidade Oriental, passando pela Antiguidade Clássica, até a Idade Média, onde se consolidam. Inicialmente, os registos contábeis eram efectuados, de preferência, em material duro (tábuas de pedra ou argila) e por vezes em folhas de papiro (precursor do papel) e a linguagem de escrituração, de início ideográfica (com base em imagens) evoluiu sucessivamente para se tornar mais compreensível ao comum dos mortais.
Os principais conceitos contábeis, que faziam comparar as entradas a receitas, recursos e crédito, e as saídas a despesas, aplicações e débito, bem como os de renda, juro, resultado (positivo, nulo ou negativo), activo, passivo, etc., foram sendo sucessivamente introduzidos. As principais técnicas de escrituração, que evoluíram para o uso do memorial e do livro-diário, com transcrição posterior para o livro-razão, e a própria mecanização do cálculo, com a ajuda dos ábacos, foram sendo aplicadas.
Após a escuridão da época medieval e com o desenvolvimento do mercantilismo, a técnica de escrituração por partidas dobradas (partida vs contrapartida, débito vs crédito) impõe-se e surge a primeira obra conhecida da literatura contábil, escrita pelo frei Luca Pacioli, na qual codifica e divulga o método das partidas dobradas. Daí a surgirem outras obras, de outros autores, e a desenvolverem-se outros conceitos contábeis e outras técnicas de registo contábil, acompanhando o progresso tecnológico, foi um passo.
Nas discussões teóricas, entretanto havidas, foi criticado o método das partidas dobradas e perspectivado a sua substituição, e mesmo a extinção da classe dos profissionais contábeis, pois, todos, nas empresas e organizações, passariam a ser contabilistas. Mas, cadê o substituto do método contábil das partidas