analise triste fim de policarpo quaresma
Através da obra Triste fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto critica o nacionalismo exagerado e a falta de visão dos problemas que estão presentes em todo Brasil.
O autor também critica o casamento arranjado, através da descrição do noivado e do casamento de Ismênia e também a inutilidade da mulher, que só sabe viver para o casamento. Isso é mostrado no caso de Ismênia que após perder o marido, enlouquece por não saber o que fazer da vida.
Critica a falta de instrução das mulheres da época, que vivem só para se casarem, o fato das famílias preferirem noivos advogados e de status social para suas filhas, sem se importar se eles realmente tinham cultura e o status de educação das mulheres ser considerado o aprendizado de piano e não temas científicos.
Lima Barreto mostra a ignorância da maioria das pessoas da elite da época, como os militares que criticavam a ciência perante a força e acreditavam que bajulação vale mais que eficiência como no caso de Genelício, o noivo de Quinota, que tornou-se bem sucedido na vida ao bajular seus superiores. As pessoas da época, como o general Albernaz que criticava Quaresma, falavam mal das pessoas que possuíam livros sem serem formados.
O autor também critica o preconceito racial, muito presente na época, pois a abolição da escravidão ainda era muito recente. Há uma passagem no livro em que Ricardo Coração dos Outros, insinua que uma mulher provavelmente era triste por ser negra. Também podemos perceber, através dessa mulher e de Anastácio, empregado de Quaresma, a submissão dos negros diante dos brancos, herança do tempo dos senhores de escravos.
Há uma crítica à burocracia brasileira, quando Ricardo tem muita dificuldade em conseguir a aposentadoria de Quaresma.
Através de Olga, afilhada de Quaresma percebemos uma condenação à preguiça dos agricultores que não se esforçam para que a terra dê frutos mas também a falta de ferramentas e de incentivo do