Analise do livro A Cidade e as Serras
O livro se passa no século XIX, Zé Fernandes é narrador e melhor amigo do protagonista da história. Conta a vida de Jacinto, que nasceu na cidade de Paris, considerada na época o centro do mundo, tinha sangue de Jacintos rurais, vindos de Portugal da vida no campo. Entretanto, este Jacinto, pela narrativa de seu amigo, parece ter nascido apenas para a vida na cidade. Com discursos eloquentes afirmava que a verdadeira felicidade e realização do homem poderiam vir apenas do conhecimento acumulado, da vida mecanizada para a evolução do próprio homem, longe da vida simples no campo, pois acreditava que esta vida simples era um regresso à animosidade. Tanto que ao visitar o bosque com seu amigo Zé Fernandes sente-se mal com a simplicidade que a natureza oferece, e só fica bem novamente quando volta à correria da cidade de Paris. Jacinto mostra com esses comportamentos que parece sofrer de excessos, não aprendeu a viver com o simples, apenas com a velocidade e euforia vindas da cidade que nasceu e estava em evolução, de modo que, sem está realidade, sente desconforto.
Por necessidade familiar Zé Fernandes se ausenta de seu amigo, volta às serras. Passam-se sete anos e quando Zé Fernandes volta, tem a impressão de encontrar um Jacinto cabisbaixo, sem o mesmo brilho no olhar. Ao entrar no apartamento 202, Zé Fernandes fica vislumbrado e assustado ao mesmo tempo com tanta tecnologia, tantos bens materiais, detalhes que lhe pareciam desnecessários como um elevador para um prédio de apenas dois andares. Trinta mil volumes de livros intermináveis que provavelmente seu amigo não teria tempo de ler, a cozinha, os alimentos, toda a casa parecia completamente cheias de regras e detalhes de civilização. Daí a frase de Zé Fernandes, - Eis a civilização! Jacinto não parecia mais entusiasmado como sete anos atrás, mesmo tendo transformado tanto sua casa. Até diz ao seu amigo, há muito ainda o que fazer. Demonstrando assim,