Analise de necessidades de formação
|A formação não se faz no vazio, muito menos numa organização. Implica custos e esperam-se naturalmente |
|ganhos, seja de que natureza for. Quando um problema é encarado como carecendo de ter uma resposta |
|formativa, desencadeiam-se um processo de diagnóstico das necessidades de formação tendo em vista |
|configurar a acção que o deverá solucionar. A formação deverá traduzir-se num ajustamento dos desempenhos |
|profissionais esperados aos objectivos definidos pela organização |
| As necessidades de formação, neste contexto, são em regra associadas a situações de discrepância |
|detectadas nos postos de trabalho, entre o “desempenho desejado” e o “desempenho verificado”. |
|Este mecanismo tem sido questionado pelo seu simplismo, nomeadamente porque: |
|- Encara a análise das necessidades como um inventário das carências dos indivíduos, aquilo que os mesmos|
|deveriam ter e não têm para se adaptarem aos postos de trabalho. As necessidades são assim percepcionadas |
|negativamente como simples faltas, e a formação recebida como uma imposição. |
|- Considera apenas as necessidades na óptica da entidade empregadora, ignorando a perspectiva dos |
|próprios indivíduos, os seus desejos, expectativas, etc. |
|- Ignora as determinantes que numa organização definem o desempenho esperado, o qual é em geral produto |
|de negociações internas e externas por exemplo com os sindicatos; |
|- Secundariza uma visão prospectiva dos postos de trabalho, ao centrar-se apenas na análise das condições|
|do presente; |