analise da obra viagens na minha terra de Almeida garret
A obra “Viagens na Minha Terra” de Almeida Garret é tida como a principal obra do Romantismo português. A história mistura um estilo digressivo por conta da primeira parte onde ele narra sua viagem de Lisboa até Santarém, e na segunda parte onde o romance vem a tona com os personagens Carlos, Joaninha e Frei Dinis. Originalmente foi publicada como folhetim de 1845 a 1846, na revista Universal Lisbonense.
O texto é narrado em primeira pessoa, onde o personagem quem narra poderia ser o próprio Almeida Garret. É ele que conta sobre a viajem de Lisboa até Santarém, e depois através de uma janela observa e conta a história de Carlos e Joaninha, em meio a uma guerra cívica entre os monarquistas e os liberalistas. A revolução Liberal foi a guerra civil que aconteceu entre os Miguelistas, a favor do monarquismo e os Liberais. Por fim a vitória foi dos liberais.
Almeida Garrett foi o escritor que deu início ao romantismo em Portugal. Um dos autores mais importantes da literatura do país teve intensa atuação também na vida política. Com ideais liberais, lutou contra o absolutismo e foi exilado mais de uma vez. Como muitos escritores, utilizou o jornalismo para transmitir suas idéias. O autor também foi importante para o teatro português, participando de forma política e como dramaturgo. A construção do Teatro Nacional de D. Maria II, na época Teatro Normal, assim como a fundação do Conservatório de Arte Dramática, foi sugestão de Garrett.
A obra Divide-se em 49 capítulos, porem há duas narrativas contadas em numa só. Os dez primeiros capítulos narram as peripécias da viagem de Lisboa até aquela cidade, de vapor, a cavalo, de carruagem. O narrador vai descrevendo acerca de vários assuntos no decorrer de sua viagem: a riqueza, o progresso, a literatura, a política, a modéstia, a guerra, o clero, o amor etc. (MOISÉS, Massaud. Literatura portuguesa P. 132.)
A segunda