Camões e Folhas Secas de Almeida Garret e o impeto revolucionário - ensaio literário
Eleazar Bem Yair
Em se tratando de Almeida Garret é inegável que seja um dos maiores escritores da língua portuguesa, além de possuir um papel importante na história e formação da identidade cultural de Portugal, tanto é que até hoje seus livros são um dos mais vendidos nas livrarias daquele país. Porém não entrarei em maiores detalhes sobre a análise das duas obras, mas sim procurarei falar sobre os diferentes estados de espírito do autor no período em que Camões e Folhas Secas foram escritos e quais as lições podemos aprender com essas obras.
Camões de Almeida Garret foi escrito em 1825, iniciando o Romantismo em Portugal, o autor estava com 26 anos na época exilado em Paris, sendo influenciado pelos ideais iluministas que dominavam a França na época (vide a Revolução Francesa), além de ter contato com autores do romantismo inglês que reflete e muito seus escritos românticos, embora o autor nunca se intitulou romântico ou pertencente a qualquer escola literária, dizia apenas não seguir regras e nem modelos. Nunca foi tão verdadeiro aquele ditado popular: “nada se cria, tudo se copia”
Mas voltando ao assunto principal desse ensaio, não posso deixar de dizer que Almeida Garret além de um grande escritor, teatrólogo famoso por suas peças, historiador, era um grande ativista político, membro do partido Liberal grupo que queria construir uma monarquia parlamentarista em confronto contra os Miguelistas defensores do absolutismo.
Portugal naquela época, se encontrava divido politicamente, tanto internamente como externamente (ameaçado de invasão pelas tropas de Napoleão, e pressionado pelo governo britânico a ir contra o mesmo), além de dificuldades econômicas e sociais sendo um reflexo de uma nação decadente muito aquém do seu passado em que se tornou uma potencia devido as grandes navegações, contribuindo para a formação de um forte sentimento nacionalista.
É notório que o autor tinha em