Analise critica
Em primeiro plano, vale analisar o contexto em que se insere o autor e a sua obra para, assim, termos uma melhor compreensão do texto. Pietro Verri nasceu no século dezoito, na Europa, mais precisamente na região de Milão, no final desse século, entre 1770 e 1777, deu ensejo a sua obra a qual ainda e conhecida séculos depois. Ou seja Verri e conteporaneo e autor de movimentos e pensamentos iluministas, que a época sobrepunha a razão frente as emoções e conflitos por que passou a Europa nos séculos anteriores também chamados de “trevas”. Dai, demonstra-se o quão importante são suas observações, pois vê-se justamente o período de transição do poder absolutista do Estado para a clareza da democracia e o parlamento como esse se deu. Assim, percebe-se que a discussão abordada por Verri e justamente da necessidade por que passava o Direito Penal e as leis do Estado de uma forma geral de aderirem a novos conceitos e teorias, nesse caso, ao principio da dignidade da pessoa humana por exemplo. Vê-se ainda, que poucos anos depois, em 1784, a tortura foi oficialmente abolida do território lombardo, onde pertencia Milão, dando mais ênfase a afirmação de que o período em questão estava precisado de mudanças importantes em suas normas que deveriam dar mais valor ao ser humano.
Dito isso, podemos adentrar na discussão que o autor levanta. O tema central do texto, o chamado “processo dos untores” e muito pertinente para arrazoar a opinião de Verri, haja vista tratar-se de um exemplo onde fica nítida a injustiça, por conta dos suspeitos serem tratados como se culpados fossem e prova de forma absoluta o quão ineficaz eh o método da tortura, visto que os réus acabam por confessar, por enxergarem que eh o único meio de cessar o sofrimento intenso, ainda que não seja a verdade, sendo, portanto, condenados indevidamente. Além da crueldade repugnante para os olho dos dias de hoje, onde, nem se sentenciado