Engenharia mecânica
A asma é definida pelo II Consenso Brasileiro no Manejo da Asma como uma doença crônica das vias aéreas caracterizada pela obstrução ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Ocorre inflamação importante com participação de mastócitos, eosinófilos e aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos (hiperresponsividade brônquica). No geral, os episódios são recidivantes e se traduzem clinicamente por sibilância, dispneia, sensação de aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao acordar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos, irritantes ambientais, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
Existem indícios de que a prevalência da asma esteja aumentando em todo o mundo. Em 1996, os custos do SUS com as internações por asma foram de 76 milhões de reais, 2,8% do gasto total anual com internações e o terceiro maior valor gasto com uma única doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
Anualmente ocorrem cerca de 350.000 internações por asma no Brasil, constituindo-se na quarta causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (2,3% do total), sendo a terceira causa entre crianças e adultos jovens. Há registro de aumento do número de internações entre 1993 e 1999.
A mortalidade por asma ainda é baixa, mas apresenta magnitude crescente em diversos países e regiões. Nos países em desenvolvimento, a mortalidade vem aumentando nos últimos dez anos, correspondendo de 5% a 10% das mortes por causa respiratória, com elevada proporção de óbitos domiciliares. No Brasil, em 2000, a taxa de mortalidade por asma como sendo a causa básica ou associada foi de 2,29/100.000 habitantes e a mortalidade proporcional foi de 0,41%, predominando no adulto jovem e em ambiente hospitalar. Dados mais recentes mostram que as hospitalizações por asma corresponderam a 18,7% daquelas por causas respiratórias e a 2,6% de todas as internações no período,