Analise critica do filme quanto custa ou é por quilo?
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ANÁLISE CRÍTICA (Com base no filme “Quanto vale ou é por quilo” – Sérgio Bianch) O filme brasileiro “Quanto vale ou é por quilo” faz uma analogia entre a escravidão por volta do século XV e a exploração da miséria pelo marketing feito pelas ONGs (Organizações Não Governamentais) e outras entidades sociais. As cenas, na maior parte do filme, tentam alertar seus espectadores para o uso do dinheiro e o tratamento dado as pessoas assistidas por estas entidades. O fato interessante retratado no filme é que nas analogias e comparações feitas com o passado constata-se que pouquíssimas coisas ou quase nada mudou: o opressor trocou apenas de nome e roupas, mas as características são as mesmas. Com isso, o Brasil ainda tem muito a fazer em relação à questão social, pois fatos que pareciam estar no passado continuam assombrando o nosso presente. A reflexão mais importante que o filme trás ao espectador é o tratamento de muitas ONGs para com o público beneficiado, como por exemplo, na cena em que se mostram crianças sendo usadas em propagandas de marketing para sensibilizar as pessoas e empresas com a intenção única de arrecadar fundos para seus “projetos” sociais. Num outro momento, a instrutora, explicando sobre possíveis empresas financiadoras dá a seguinte declaração “... algumas podem se interessar por crianças com câncer, enquanto outras vão se interessar por velinhos abandonados”. Isto nos faz lembrar a época da escravidão quando os negros eram apenas mercadorias e seus donos negociavam-os com outros senhores, a única diferença é que os “compradores” estão sendo enganados e o dinheiro está sendo usado para qualquer fim, menos o social que na teoria era o verdadeiro propósito. É importante salientar que muitas entidades filantrópicas ou mesmo pessoas públicas se utilizam das ações sociais num caráter de assistencialismo, que são vistos como favores ou mesmo para “aliviar a alma” ou, no caso de empresas, como forma de melhorar a qualidade da empresa,