pedagogia
1) Reflexão.
O filme pode ser utilizado como instrumento de reflexão e expansão de consciência de modo transversal, porém é inegável que a história, a sociologia e a filosofia são vieses muito presentes em todo o desenrolar da trama.
2) História, a escravidão no Brasil.
Enfocando a história, o filme retrata fielmente as questões referentes à escravidão no Brasil. O professor pode explorar essa temática mostrando as cenas:
A escrava que comprava escravos e teve seus direitos usurpados. Os inúmeros instrumentos de castigo aos negros mostrados detalhadamente já no início do filme. A ação dos capitães do mato. O comércio de escravos como negócio lucrativo e próspero. Os direitos dos alforriados. As cartas de alforria. A relação entre escravos e seus proprietários.
3) História, relação entre passado e presente.
Ainda dentro da perspectiva do trabalho com a disciplina História, é possível desmistificar a questão que muitos alunos, equivocadamente, pontuam: “História é coisa do passado!” ou “Já passou mesmo, o que isso tem a ver comigo nos dias de hoje”!
O filme transpõe a escravidão do século XVIII para diversas situações de escravidão no século XXI. E vai mais além: apresenta a “máfia” a qual pertencem algumas ONGs (Organizações Não Governamentais), que visam lucro na miséria das comunidades.
4) Análise crítica, questões para a sua turma.
Para que a análise crítica tenha o máximo de profundidade possível, você, após assistir ao filme, pode lançar as seguintes questões para sua turma, para que sejam respondidas em grupos ou individualmente e depois debatidas no grande grupo:
O que é justiça afinal? Aponte situações no filme em que a justiça foi cumprida e outras em que a justiça falhou. A escravidão realmente acabou? Quais são as novas formas de escravidão? Como o filme retrata as favelas? Comente a cena na qual Ricardo atola o carro próximo à cena de um assassinato.