Analfabetismo tecnologico
Seg, 07 de Abril de 2008 03:48
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Geralmente, quando se fala em analfabetismo no Brasil, vem à mente a figura de uma massa humana com mais de 15 anos de idade que soma duas desgraças: a pobreza material extrema e a absoluta falta de escolaridade. Paulo Nathanael Pereira de Souza
Presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Geralmente, quando se fala em analfabetismo no Brasil, vem à mente a figura de uma massa humana com mais de 15 anos de idade que soma duas desgraças: a pobreza material extrema e a absoluta falta de escolaridade. São os chamados analfabetos puros, que andam aí pelos milhões de almas. No entanto, tão grave quanto esse é o analfabetismo funcional, que afeta dezenas de milhões de brasileiros, que deixaram a escola sem haver aprendido o mínimo necessário para enfrentar a vida moderna, pois mal sabem ler e escrever, e nem sequer conseguem fazer operação aritmética com números de três algarismos.
A crise de qualidade, que campeia pelo sistema de ensino, engrossa, ano a ano, a quantidade desses infelizes, que nem sempre apresentam carências materiais e financeiras, mas que não deixam de sofrer das limitações dos praticamente analfabetos. Não bastasse isso, ainda haveria que se levar em conta um terceiro tipo de analfabetismo que avassala o país: o digital ou informático. Ou, como também se costuma dizer, o analfabetismo tecnológico.
É desnecessário afirmar que estamos em meio a uma revolução global, cujo instrumento principal é a informação armazenada e difundida pelos computadores. Quem não dispõe de computador em casa dificilmente se encontra aparelhado para competir pela sobrevivência nessa cultura de desafios em que se converteu o mundo da ciência e da tecnologia. A grande escola da modernidade chama-se internet, mas consta que apenas pouco mais de 10% dos brasileiros têm intimidade com ela porque o computador ainda se encontra no patamar do