An Lise De Um Poema Da Revista Orpheu
No material estudado essa semana percebi que a análise no contexto da transição da monarquia para a 1ª República, em Portugal, começam a surgir os primeiros movimentos dos modernistas, ou seja, daqueles que comporiam a chamada Geração de Orpheu. A Geração de Orpheu foi assim chamada por ter sua produção poética e crítica vinculada àquele que foi o seu principal veículo de divulgação: a Revista Orpheu.
Orpheu foi uma Revista Trimestral de Literatura editada em Lisboa. Apenas teve dois números publicados, correspondentes aos primeiros dois trimestres de 1915, sendo o terceiro número cancelado devido a dificuldades de financiamento. Apesar disso, a revista exerceu uma notável e duradoura influência: o seu vanguardismo inspirou movimentos literários subsequentes de renovação da literatura portuguesa. Mal grado o impacto negativo que Orpheu causou na crítica do seu tempo, a relevância desta revista literária advém de ter, efetivamente, introduzido em Portugal o movimento modernista, associando nesse projeto importantes nomes das letras e das artes.
A estética futurista chega a Lisboa através de dois representantes da Geração de Orpheu: o poeta Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) e o artista plástico Guilherme de Santa-Rita, conhecido como Santa-Rita Pintor (1889-1918). Ambos travaram contato com o ManifestoFuturista de Marinetti em Paris, onde viviam.
O poema Salomé
Objetivos estéticos da geração da Revista Orpheu, exerceu uma notável e duradoura influência: o seu vanguardismo inspirou movimentos literários subsequentes de renovação da literatura portuguesa. Introduziu em Portugal o movimento modernista, associando nesse projeto importantes nomes das letras e das artes.
SALOMÉ
Insônia roxa. A luz a virgular-se em medo,
Luz morta de luar, mais Alma do que a lua...
Ela dança, ela range. A carne, álcool de nua,
Alastra-se pra mim num espasmo de segredo...
Tudo é capricho ao seu redor, em sombras fátuas...
O aroma