An lise Alexandria
Centro de Ciências Sociais e Educação
Curso de Licenciatura Plena em História
Antônio Victor Duarte Farias
Análise crítica do Filme Alexandria
Belém
2015
Antônio Victor Duarte Farias
Análise crítica do Filme Alexandria
Análise apresentada ao Curso de Licenciatura Plena em História da Universidade do Estado do Pará como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina Idade Média
Belém
2015
Este trabalho tem por objetivo de fazer uma análise sobre o filme espanhol chamado Ágora (conhecido também pelo título brasileiro Alexandria). Dirigido por Alejandro Amenábar, este recurso cinematográfico discorre em torno dos anos 355 e 415 d.C., relatando como o contexto de queda do império romano teve importância para inúmeras outras civilizações, entre elas a então discutida cidade de Alexandria, localizada no Egíto, a qual é mencionada como um centro de produção do conhecimento científico e filosófico, repleta de riquezas históricas e culturais.
Entretanto, o filme relata Alexandria sob o domínio do império romano, e apartir disso, a cidade passa por constantes agitações provenientes de diversas orientações religiosas: a tradição dos judeus e do politeísmo helênico-romano se encontram com a ascenção do cristianismo, que se encontrava como uma religião oprimida, mas nesse contexto passa a assumir uma configuração opressora, por meio daqueles que se apropriaram da crença como meio de favorecer suas ideologias dominantes, o que acaba por provocar uma das mais violentas tensões religiosas da antiguidade, iniciando não só desordens sociais, mas também guerras civis.
É nesse contexto que temos a racionalidade, sendo representada pela personagem Hipátia, uma professora de filosofia, matemática e astronomia, que está sendo sufocada pelo conjunto de mudanças estruturais dessa sociedade. Não é à toa que com o decorrer do filme, vê-se uma apropriação distorcida de princípios cristãos aos moldes de uma ideologia opressora,