O filme Alexandria é um filme espanhol dirigido por Alejandro Amenábar e realizado no ano de 2009, o longa metragem relata a história da filosofa Hipátia que dentre os anos de 355 e 415 d.C. lecionou filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, sendo esta uma intelectual de expressivo conhecimento a frente de seu tempo. O filme também nos demonstra e esclarece o contexto histórico de Alexandria naquele período, onde a diversidade religiosa gerava intensos conflitos, principalmente no que se refere as divergências entre cristianismo e paganismo. A diversidade religiosa presente no filme nos remete a uma compreensão marxista da conjuntura social em Alexandria, onde os pagãos detinham o conhecimento intelectual, a tecnologia e bens luxuosos enquanto que os cristãos se dedicavam no auxilio ao povo marginalizado, pobre e moribundo daquele período onde o ‘’olhar intelectualizado’’ de muitos pagãos não chegavam, isto nos modula uma visão de elitização por parte dos seguidores do paganismo (Apesar de muitos serem escravos) e uma visão mais popular e precária dos seguidores do cristianismo, sendo estes dois segmentos divergentes em interesses e idéias, o que nos remete ao conceito de luta de classes e ‘’abastecendo’’ o argumento marxista de que a História se modela através da luta de classes. Em certo momento do filme os distúrbios ideológicos entre os dois segmentos se torna violento e um campo de batalha se forma em Alexandria, até que dado momento os cristãos em vantagem numérica encurralam os pagãos na Escola de Alexandria e tempo depois invadem destruindo boa parte do acervo presente no local, sendo até mesmo vistos como um povo bárbaro que invade, destrói e saqueia sem exercer racionalidade intelectual em seus atos, esta invasão nos remete a um confronto entre as classes que ao não conseguirem o convívio antes estabelecido entram em choque. O cristianismo assume majoritariamente o contexto político, religioso e social de Alexandria, banindo