América Portuguesa
Na nova terra não havia mercadorias produzidas pelos nativos que pudessem ser comercializadas. O único produto disponível era o pau-brasil, uma madeira que despertava interesse comercial na Europa como corante e como material par a construção de navios. Os portugueses então decidiram adotar o sistema asiático de exploração (construção de feitorias ao longo da costa para comercializar o pau-brasil). Para isso a mão de obra utilizada foi o escambo (a troca de trabalhos por objetos de pouco valor como quinquilharias que encantavam os indígenas). O pau-brasil foi contrabandeado durante todo o período da sua extração.
O PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO E DE CENTRALIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
O pau-brasil atraía cada vez mais contrabandistas e as incursões de navios de outras potências nas costas brasileiras que o lucro de Portugal com o comércio oriental vinha declinando gradativamente, tendo a necessidade de outras fontes de renda para a Coroa. Foi ai que D. João III o rei de Portugal e seus conselheiros consideraram seriamente a necessidade de iniciar a colonização da nova terra, abandonando o sistema asiático de exploração. Em 1530, D. João III enviou para a América Portuguesa Martim Afonso de Sousa no comando de uma expedição composta por 5 navios e mais de 400 homens que além do propósito de defesa litoral contra navios estrangeiros, devia fundar vilas e pontos fortificados na costa, estabelecendo as primeiras bases permanentes.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Os portugueses dividiram a terra em faixas compreendidas entre o litoral e a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas – as capitanias. Doze donatários (que recebiam as capitanias) receberam 14 capitanias em 15 parcelas: uma das capitanias tinha dois quinhões de terra e dois donatários receberam duas capitanias. As terras eram chamadas de hereditárias porque por direito eram passadas de pai para filho. Os donatários tinham outros direitos