A América portuguesa constituía o conjunto dos territórios do continente americanopertencentes à Coroa de Portugal.1 Atualmente, a América Portuguesa consiste em sua maior parte na atual República Federativa do Brasil. Oficialmente durou em seu período clássico de 1500 até 1823 (323 anos contando desde Pinzon até a batalha do Jenipapo e a independência da Bahia, últimos locais a se libertar de facto e onde as tropas portuguesas mais se concentraram). Suas principais vilas foram Olinda e Vila Rica e suas principais cidades reais foram Filipéia e São Salvador da Baía de Todos os Santos. Originalmente mais da metade da sua área se concentrava no Nordeste Sulamericano (via Tordesilhas, segundo tratado territorial de direito - o primeiro foi a Bula papal Inter Coetera; neste o extremo leste nordestino equivalia a 100% do Brasil original), de onde partiram expedições de conquista que expandiram tal entidade na direção sul com a família Sá (Mem e Estácio de Sá, dois colonos luso-nordestinos) e na direção oeste amazônica com colonos luso-maranhenses que venceram os Manaus. Só tardiamente à derrota paulista luso-guarani diante dos colonos luso-nordestinos (principalmente oriundos das capitanias mais populosas e ricas do Nordeste que eram a Paraíba, Pernambuco e Bahia), que houveram expansões na direção do deep hinterland meridional (Pampas) e centro-ocidental (cerrados semi-estépicos) sob as ordens da coroa portuguesa (pagas com o ágio obtido no comércio luso-nordestino que era o mais lucrativo do mundo ibérico (o mais poderoso antes da emergência inglesa no Atlântico e cia durante o século XIX) após o efêmero auge das minas de prata na América