América Latina
A VEZ DA ESQUERDA NA AMÉRICA LATINA
O século XXI revela um domínio curioso de regimes governamentais chamados de esquerda nos principais países do continente americano como: Brasil, Venezuela, Argentina, Colômbia e Chile. Esta preferência está ligada, muitas vezes, a um forte desgaste nos partidos políticos tradicionais, ditos de direita.
Sustentado por movimentos de resistência, os países latino-americanos estão experimentando a liderança estabelecida por regimes governamentais (reconhecidos pela forte oposição praticada aos modelos neoliberais do século XX) com objetivo de avançarem rumo ao desenvolvimento político-econômico sólido e equilibrado.
A década de 1980 representou um cenário de desenvolvimento do modelo neoliberal, adotado por muitos países latino-americanos. O neoliberalismo gerou grande expectativa para a América Latina que estava em busca de estabilidade política e consolidação da economia.
Por outro lado, nesse mesmo período iniciou-se uma grande resistência social estabelecendo forte oposição ao modelo neoliberal. Entretanto, a crescente presença de oposição ao neoliberalismo não conseguiu frear a quebra econômica de países como Brasil, Chile, Colômbia, etc. Em 1975 os Estados Unidos perderam a guerra do Vietnã, fato que abalou sensivelmente o governo americano. Em 1976, o então presidente dos EUA, Jimmy Carter mostrou-se defensor do fim da ditadura militar na América Latina e favorável ao regime democrático com objetivo de estabelecer novas diplomacias político-econômicas.
Na verdade, quando um país está sob regime de ditadura militar, um dos primeiros sintomas negativos a ser revelado fica por conta do aumento significativo na dívida externa e também, uma gradual redução salarial do trabalhador (perda do poder de compra). As “páginas da História” revelam que o período pós-ditadura representou aos latino-americanos forte expectativa pela democracia e surgimento de características como: liberdade