Amputações
A amputação transfemoral é realizada entre a desarticulação de joelho e a de quadril, e como nas amputações transtibiais, também pode ser divida em três níveis, ou seja, amputação transfemoral em terço proximal, médio e distal, sendo que as amputações podem ser causadas por patologias vasculares, processos traumáticos, infecciosos e neoplásicos ou por anomalias congênitas (Carvalho 2003).
Na transfemoral longa (em terço distal) se preserva mais de 60% do comprimento femoral, na transfemoral (em terço médio) se mantém entre 35 a 60% do comprimento femoral, e na transfemoral curta (em terço proximal) se preserva menos de 35% do comprimento femoral (May apud O’Sullivan; Schmitz 1993).
A mioplastia, com a sutura dos músculos extensores da coxa, com os flexores e a sutura dos músculos adutores com os abdutores, propiciam equilíbrio ao coto e determinam melhor controle da prótese pelo paciente. Por fim, a sutura da apneurose melhora a coaptação dos músculos incisados, sendo a pele fechada com pontos separados (Luccia; Silva 2003). Em uma amputação transfemoral, a fáscia é o melhor tecido disponível para manter as suturas, mas não é particularmente elevado na maioria dos músculos que estão em meia perna (Smith 2004).
A amputação transfemoral primária é indicada em pacientes nos quais grandes complicações com as lesões não podem ser toleradas. Uma amputação transfemoral deve ser também, considerada nos pacientes com contratura da articulação do joelho ou que estão acamados ou bastante debilitados. Esses pacientes se beneficiarão mais com o coto longo, o que facilitará o sentar ou os movimentos no leito (Consenso Internacional sobre o Pé Diabético/DF 2001).
Embora este nível de amputação seja bastante comum, nada é simples na adaptação à vida após a cirurgia. O paciente que vive com a perda de um membro à nível transfemoral, enfrentam diversos desafios, tais como: as exigências para aumentar a energia, problemas de equilíbrio e