Amor de Perdição
São marcas do Romantismo os amores inalcançáveis, a dama perfeita, a dramaticidade e a frustração por não concretizar o desejo de estar junto com a amada.
No Romantismo em geral, as ações são pouco racionais e o coração sempre fala mais alto. O cavalheiro anseia por encontrar sua dama e tenta de todos os meios para tê-la por perto, mesmo que seu esforço seja em vão. Isso nota-se no livro, pois Simão tenta a todo custo estar junto de Teresa, utilizando de seus planos.
Também predomina uma ideia pesada e radical, de que é preferível a morte a não passar a vida inteira com seu amor. O Romantismo foi uma fase de entrega aos sentimentos e a sonhos, até mesmo os inalcançáveis. O suicídio era tido como a forma de escapar da dor, e era considerada uma boa escolha para quem não aguentava mais sua realidade.
Morrer de amor não era apenas uma expressão, mas também uma realidade, que inclusive aparece no livro, como desfecho da historia: O casal não consegue sua união, conforme desejavam e se entregaram a morte, pois não encontravam mais motivos para viver.
O exagero, o drama, a vontade, e principalmente o ato de não se conformar com a situação em que vive, são característicos do Romantismo e estão presentes em cada capítulo do livro. Desde seu início a seu final, o livro possui uma linha de raciocínio completamente romântica por parte de suas personagens, evidenciados em cada acontecimento. As escolhas feitas e suas consequências possuem traços do Romantismo, e seu desfecho deixa clara a mais radical escolha que se pode fazer por amor: A morte.