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2158 palavras 9 páginas
Venenos de Deus, Remedios do Diabo

Venenos de Deus, Remédios do Diabo é uma divertida sátira, como se subentende já a partir do trocadilho, implícito no título. Possui, no entanto, uma faceta dramática trágica, associada à fragilidade da situação social de que gozam as personagens femininas do romance, como é frequente nas estórias de Mia Couto .
A pacata Vila Cacimba é governada pelo autarca Suacelência, que deseja exibir autoridade e prestígio social, isto é, distinguir-se dos habitantes da aldeia. A exibição de símbolos de poder é a característica mais marcante desta personagem, que começa por estar patente na forma como trata a mulher, Dona Esposinha, que parece mais uma governanta ou uma simples criada, pela forma como acata as ordens do marido, movendo-se sempre de forma furtiva de forma a ser notada o menos possível. Dona Esposinha aparece, na estória, vestida de cinzento o que contribui, também, para a sua invisibilidade, confundindo-se com as tonalidades da cacimba que envolve a aldeia.

O marido, Suacelência, gosta de exibir produtos caros, de preferência importados, como é o caso das bebidas: segura um copo de whisky, como símbolo de poder ou estatuto social. Também está interessado em adquirir produtos, não de higiene, mas que impeçam a transpiração porque “o suor é coisa de pobre”.

A rotina dos habitantes é, no entanto, agitada pela chegada de um médico, proveniente de Lisboa, no momento exacto em que a comunidade é afectada por um surto de meningite. A doença lança o pânico na população, habituada a atribuir a origem destes fenómenos a causas sobrenaturais.

O jovem médico Sidónio Rosa, apelidado pelos locais de Sidonho, chega a Vila Cacimba em busca da jovem Deolinda, uma beldade oriunda daquelas paragens, que conheceu em Lisboa, e instala-se na aldeia onde vive a família da jovem, Dona Munda e Bartolomeu Sozinho.

O casal, de personalidade controversa, acabará por roubar o protagonismo ao par romântico da história. Na realidade,

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