Amoniaco
O discurso de apresentação do Prémio Nobel da Química, em 1918, proclamado pelo presidente da Real Academia Sueca de Ciências, no dia 1 de Junho de 1920, foi iniciado com as seguintes palavras: “A Real Academia Sueca de Ciências decidiu conferir o Prémio Nobel da Química de 1918 ao professor doutor Fritz Haber, pelo seu método de sintetizar amoníaco a partir dos seus elementos, azoto e hidrogénio.” A questão que se coloca é relativa à importância desta reacção de síntese, merecedora da atribuição de um prémio nobel.
AMONÍACO
O amoníaco é um composto químico cuja molécula é constituída por um átomo de azoto e três átomos de hidrogénio de fórmula molecular NH3. Apresenta geometria piramidal. Em solução aquosa comporta-se como uma base transformando-se num ião NH4+. Possui um odor característico, forte e irritante e é inflamável. É um gás incolor que se dissolve facilmente na água e é resultante da combinação direta do azoto com o hidrogénio em temperaturas elevadas. Este composto é comercializado como solução aquosa, mas à temperatura ambiente e pressão normal é um gás tóxico. O seu ponto de ebulição é de -33 ᵒC e o de fusão é de -78 ᵒC.
A REAÇÃO DE SÍNTESE DO AMONÍACO
A síntese do amoníaco necessita da utilização de um catalisador, pois, de outro modo, a reacção é demasiado lenta para ser obtida por via industrial. O catalisador acelera o processo. É através do processo de Haber-Bosch que se consegue obter um maior rendimento da reacção. Embora o azoto do ar fosse mais prático de utilizar e não fosse muito caro, a quebra da ligação tripla das suas moléculas é muito difícil, apesar de não ser impossível.
N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g)
A reacção de síntese do amoníaco é reversível, ou seja, pode ocorrer simultaneamente em dois sentidos, quer no sentido direto, quer no sentido inverso.
Numa reacção reversível, o produto da reação direta funciona como reagente na reação inversa.
Em 1909, Fritz Haber conseguiu fixar o azoto do ar