Amju
Márcia Regina Ferreira – Mestranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá (PPG-UEM) e-mail marciagora@uol.com.br
Prof. Dr.João Luiz Passador – Docente do Programa de Pós Graduação da Universidade Estadual de Maringá (PPG-UEM), e-mail jlpassador@uem.br
Resumo: Este artigo é resultado da dissertação de mestrado e tem como objetivo apresentar uma pesquisa acerca do Conselho do Orçamento Participativo de 2001/2002 do Município de Maringá-Paraná, envolvendo 100% dos Conselheiros titulares e 50% dos Conselheiros suplentes. A pesquisa foi realizada através de aplicação de questionário dividido em três partes; 1) Perfil demográfico dos Conselheiros; 2)Cultura Cívica e Capital Social; 3) Participação no Conselho do Orçamento Participativo. Partindo desta pesquisa, foi possível analisar a vida associativa dos conselheiros e discutir sobre as redes de confiança e solidariedade horizontais apontadas por outros pesquisadores como condições para um governo eficaz. Nesse sentido, a pesquisa de campo identificou que a participação pregressa dos conselheiros em movimentos sociais desenvolve ações no interior do Conselho do Orçamento Participativo como: colaboração, reciprocidade e confiança, criando um círculo virtuoso encontrado na comunidade cívica, a qual contribui para distribuição dos recursos públicos, realizando uma verdadeira democracia distributiva. 1. Introdução
Vivemos hoje em face da erosão do contrato social (SANTOS, 1997) e, desta forma, surge à emergência de um novo paradigma de relações entre a sociedade e o Estado (SANTOS, 2000), que se apresenta pautado nas propostas de participação política da população, e na busca em viver com expectativas bem fundadas sobre a segurança, justiça social e bem-estar. Pois, segundo Habermas (2002, p.230) “As injustas condições sociais de vida da sociedade capitalista devem ser compensadas com a