Ambiguidade e vagueza
O texto Ambuiguidade e vagueza, presente no livro Manual de Semântica: noções básicas e exercícios, de Márcia Cançado, esclarece noções de ambiguidade e as subdivisões, sendo estas essenciais para elaboração de textos coerentes. Além de distingui-las entre si, uma vez que não é raro perceber as particularidades de tais noções dispensadas, às vezes até omitidas, em favor de uma aplicação generalizada.
Observa-se, num primeiro momento, a diferenciação entre os conceitos de ambiguidade e vagueza, sendo a análise do contexto essencial para que haja o reconhecimento. A ambiguidade é identificada quando há uma série de aplicações com sentidos diferentes, sendo o contexto, apenas, o responsável para a especificação de qual o sentido possível para um vocábulo ou sintagma que está sendo empregado. Já a vagueza ocorre devido à ocorrência do vocábulo que compartilha de um mesmo sentido, sem variações, podendo ocorrer, somente, acréscimo de informações.
Para facilitar a correta diferenciação, entre ambiguidade e vagueza, podem-se empregar dois métodos: o teste do também e o teste do campo semântico. O primeiro baseia-se na repetição da segunda sentença iniciada pela palavra “também”, se só for possível a mesma interpretação de ambas as orações trata-se da ocorrência de ambiguidade, como, por exemplo: “ Thiago adora aquele tipo de manga, Camila também”. Sabe-se que a palavra manga pode significar tanto uma fruta quanto parte de uma vestimenta, neste exemplo se o termo apreciado por Thiago for uma fruta, terá a mesma significação para apreciação de Camila. E a ocorrência do teste para a vagueza permite que, mesmo com a repetição da segunda sentença, sejam possíveis noções de especificidades distintas, em: “Lucélia recebeu carinhos de Helena, e o Thiago também”, aqui é possível que Lucélia tenha recebido carinhos no rosto e Thiago na mão, ou em outras partes do corpo.
O segundo teste é o do campo semântico. Aplicado para a ambiguidade o resultado é