Ambiguidade na LP
A ambiguidade é vista pela gramática tradicional (Cunha; Cintra, 2009) como uma imperfeição, defeito na língua no âmbito da grafia. Os gramáticos estão preocupados em classificar e separar a língua entre certo e errado.
Enquanto pela perspectiva da Linguística, a ambiguidade pode ser entendida como um fenômeno semântico em que se tem interpretações distintas de uma cadeia sonora. Para Ullmann (1997), as principais formas de ambiguidade seriam as resultantes de homonímia e polissemia.
De acordo com Abreu (2009), “O tipo de ambiguidade mais comum na publicidade é a ambiguidade lexical, na qual um morfema pode assumir diversos sentidos. Esta categoria divide-se em polissemia e homonímia.” (p. 2). Ainda segundo o autor, a Polissemia consiste em “atribuir mais de um significado à mesma palavra, em que há uma relação estabelecida entre tais significados”; enquanto a Homonímia é o “caso de duas, ou mais, palavras que possuem mesma grafia e/ou pronúncia, porém significados diferentes, que não se relacionam entre si.” (p. 3).
No entanto, este artigo leva em consideração a teoria de Sadock (1986) que distingue a Ambiguidade em dois tipos a de sentido (ou homonímia) e a de referência. Consideraremos a teoria de Crystal (1985) que distingue em outras três: estrutural, transformacional e lexical. As quais será retratada mais adiante no texto.
1.2. A imprecisão ou Vagueza
Segundo Soares da Silva (2006), historicamente, a Semântica Formal acolheu o conceito de vagueza, por ser atrativa a ideia que carrega de preservar o ideal de biunivocidade entre forma e sentido1. Segundo Pinheiro (2010), a vagueza é a “situação em que duas acepções são tomadas como mínimas variações contextuais de um único sentido” (p. 64). Destoando do conceito de Ambiguidade que, de acordo com Abreu (2009),
A diferença está na interpretação que o receptor formula para a mensagem. No texto ambíguo existem duas ou mais possibilidades de compreender o que é dito. Já na