AMBIENTE E A COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente, FCT-UNL
Gestão do Ambiente nas Organizações 2012/13
AMBIENTE E A COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL
Inês A. C. ALMEIDA1
Introdução
A crescente actividade das empresas existentes na actualidade é responsável directa ou indirectamente por inúmeros impactes ambientais decorrentes nos nossos ecossistemas.
A utilização de recursos, bem como a geração de poluição, associados aos processos produtivos leva ao esgotamento dos serviços naturais fornecidos pelo planeta.
Uma vez que o valor monetário do capital natural é algo que se encontra muitas vezes escondido nos sistemas contabilísticos das empresas, o custo da destruição dos serviços ambientais só se faz notar aquando da sua falta. Razão pela qual, muitas empresas acabam por não adoptar estratégias para a gestão destes recursos.
No entanto, mudanças simples na gestão destas empresas, tais como o uso mais sustentável dos recursos ou o cumprimento da política ambiental, pode trazer benefícios inesperados tanto para as próprias empresas, como para as gerações futuras. O objectivo deste trabalho é analisar a compatibilidade da política de ambiente com a competitividade empresarial. Em resposta a esta análise, este ensaio expõe diferentes perspectivas que estão na base das visões empresariais.
Desenvolvimento
Durante muito tempo, as empresas olharam para o ambiente como uma ameaça que fornecia poucos benefícios sociais e custos privados significativos. Nos últimos anos, um número crescente de pesquisadores desafiaram esta suposição e os investimentos para proteger o ambiente têm sido, então, vistos com outros olhos. Diversos estudos sugerem agora que as empresas podem cumprir a política de ambiente e, ao mesmo tempo, aumentarem a sua competitividade, resultando numa situação win-win para o ambiente e empresa (Porter e Van der Linde, 1995a; Hoffman, 2000; Sharma e
Vredenburg, 1998).
A competitividade está directamente relacionada com a produtividade, esta pode