Ambiental
Crédito: Fábio Motta/AE.
RIO, TERESÓPOLIS e NOVA FRIBURGO – Um temporal na região serrana do Rio nesta madrugada provocou a maior catástrofe natural desde 1967 em um só dia no Brasil.
Deslizamentos de toneladas de terra, quedas de pedras gigantescas e enxurradas comparadas a tsunamis atingiram moradores, tomaram bairros inteiros e inundaram prédios em segundos.
Regiões de Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis ficaram destruídas ou tomadas pela lama, em um cenário semelhante ao provocado pelo furacão Katrina, que devastou a cidade americana de Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005.
As prefeituras dos três municípios atingidos contam 267 mortes, mas admitem que o número de vítimas pode subir, pois equipes de resgate têm dificuldade de acesso aos locais dos desmoronamentos. Pelo menos três estradas que cortam a região precisaram ser interditadas parcialmente, o que atrapalhou ainda mais o acesso de homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
A região serrana é formada por montes cobertos pela Mata Atlântica, onde os solos são mais instáveis e mais propensos a deslizamentos. A construção de casas e prédios em vales, próximos a rios, também facilita as formação de enchentes. Em 1988, um temporal havia deixado 171 mortos em Petrópolis, na maior tragédia provocada pela chuva na região serrana até hoje.
Famílias inteiras morreram com a força da enchente ou com deslizamentos. Em alguns pontos, rios subiram até 5 metros e invadiram casas enquanto os moradores dormiam. Centenas de casas foram varridas pela terra que desceu as encostas, arrastando árvores e pedras.
Com ruas e estradas bloqueadas, equipes de buscas têm dificuldade para remover corpos ou tentar resgatar moradores presos sob escombros. A pedido do governador Sérgio Cabral, a Marinha colocou à disposição dois helicópteros para transportar homens e equipamentos do Corpo de Bombeiros para a região serrana. Partes das três cidades ficaram sem