Aluísio de azevedo e suas obras

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Romancista brasileiro nascido em São Luís, MA, cujos temas prediletos foram o anticlericalismo, a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios, o povo humilde e considerado o criador do naturalismo no Brasil. A chamado do irmão, o teatrólogo Artur Azevedo, viajou para o Rio de Janeiro aos 17 anos e começou a estudar na Academia Imperial de Belas-Artes. Logo passou a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas. A partir da publicação de seu primeiro romance, Uma lágrima de mulher (1880), passou a viver do que ganhava como escritor.

Ao ingressar por concurso na carreira diplomática (1895), encerrou a carreira literária durante a qual escreveu ao todo 19 trabalhos, entre romances e peças teatrais. A serviço do Brasil, esteve na Espanha, Japão, Uruguai, Inglaterra, Itália, Paraguai e Argentina. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras (cadeira nº 4), morreu em Buenos Aires, Argentina, quando ocupava o posto de vice-cônsul do Brasil.

Além de O mulato (1881), os romances que o consagraram perante a crítica e o público foram Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890), considerado sua obra-prima. Entre seus demais romances estão: A condessa de Vésper (1902), Memórias de um condenado (1882), Girândola de amores (1900), Filomena Borges (1884), O homem (1887), O Coruja (1895), O esqueleto (1890), publicado sob o pseudônimo de Victor Leal, A mortalha de Alzira (1893) e O livro de uma sogra (1895).

Obras

A mortalha de Alzira: é o único livro do autor que se passa na sua íntegra fora do país, na França, no período do reino de Luís XV, século XVIII, nos arredores de Paris.

Sua história é a eterna luta entre a fé e o erótico: o padre Angelo busca desesperadamente reprimir sua paixão pela cortesã Alzira. Mostra também Aluísio Azevedo a corrupção da Igreja, sua ligação com a aristocracia em processo de decadência. Aluísio Azevedo viveu num período em que a luta da fé contra o livre pensamento estava na ordem do dia: no Brasil, o

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