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Marx Golgher, ex-presidente da Associação Israelita Brasileira, relembra o papel do Brasil durante o conflito
O mês de maio é marcado por uma data importante na história mundial. No dia 8, comemoraram-se os 65 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. A data traz à tona todas as questões ligadas ao conflito e, para quem esteve envolvido com ele, evoca principalmente a necessidade de se informar e esclarecer sobre a participação do Brasil, além de outros fatos ocorridos, para que eles não caiam no esquecimento.
A Segunda Guerra Mundial foi o maior e mais sangrento conflito de toda a história da humanidade. Ocorrido na primeira metade do século XX, envolveu as forças armadas de mais de 70 países. No total, foram mobilizados 100 milhões de militares, entre eles brasileiros e, cerca de setenta milhões de pessoas foram mortas. No conflito ocorreu o Holocausto, no qual foram exterminadas milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazista fundado por Adolf Hitler, em especial os judeus.
Em entrevista, o médico e ex-presidente da Associação Israelita Brasileira, Marx Golgher, aborda o tema, lembrando o papel do Brasil. Ele também alerta para o perigo do esquecimento da Segunda Guerra Mundial, bem como da atuação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) contra a infiltração das idéias totalitárias no Brasil e a favor da democracia, no período da Segunda Guerra.
Repórter - Por que as pessoas em geral têm se esquecido da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial?
Marx Golgher - Não se trata de esquecimento. Não se pode esquecer aquilo que não se conhece. Os cidadãos brasileiros não tiveram a oportunidade sequer de tomar conhecimento da existência da Força Expedicionária Brasileira (FEB), conseqüência de alienação do ensino e da mídia de modo geral, gerada por uma série de fatores determinantes preocupantes. Já se disse que a falta de memória pública de sua história é um dos elementos essenciais