Aluno
GABRIEL YURI, IZABELLA NERY, KAROLINA RIBEIRO, POLLYANA CÂNDIDA, VINICIUS IMPELLIZIERI.
REVOLTA DOS MALÊS
BELO HORIZONTE/MG
2014
INTRODUÇÃO
Com o deslocamento do eixo econômico-admininstrativo do Brasil para a região sudeste e as constantes crises da economia açucareira, a sociedade baiana do período tornou-se um sinônimo de atraso econômico e desigualdade socioeconômica. Além desses fatores, devemos também destacar que as prescrições religiosas incentivadas pelas autoridades locais promoveram a mobilização desse grupo étnico-religioso específico (os malês).
Anos antes da revolta, as autoridades policiais tinham proibido qualquer tipo de manifestação religiosa em Salvador. Logo depois, a mesquita da “Vitória” – reduto dos negros muçulmanos – foi destruída e dois importantes chefes religiosos da região foram presos pelas autoridades. Dessa maneira, os malês começaram a arquitetar um motim programado para o dia 25 de janeiro de 1835.
REVOLTA DOS MALÊS
Na madrugada de 25 de janeiro de 1835, ocorreu em Salvador uma revolta de escravos africanos, que é conhecida como Revolta dos Malês, que era o como eram conhecidos os negros muçulmanos que a organizaram. A expressão malê vem de imalê, que na língua iorubá significa muçulmano. Portanto os malês eram especificamente os muçulmanos de língua iorubá, conhecidos como nagôs na Bahia.
A revolta envolveu cerca de 600 homens, o que parece pouco, mas esse número equivale a 24 mil pessoas nos dias de hoje. Os rebeldes tinham planejado o levante para acontecer nas primeiras horas da manhã do dia 25, mas foram denunciados para um Juiz de Paz de Salvador. Uma patrulha chegou a uma casa na ladeira da Praça, casa do Manoel Calafate (um dos líderes) onde estava reunido um grupo de rebeldes. Ao tentar força a entrada, os soldados foram surpreendidos com a saída de aproximadamente sessenta africanos. Uma pequena batalha