Paraeconomia e Guerreiro Ramos
O presente texto nos apresenta uma idéia formulada através dos pilares paraeconômicos, criados pelo próprio autor, onde o mesmo nos indica uma direção alternativa ao modelo centralizado no mercado. O autor nos apresenta algumas opções de como alcançar tal descentralização e nos indica o futuro trágico de escassez de matérias-primas e de energia não renovável, que a humanidade pode enfrentar caso não comece a pensar em tais assuntos imediatamente.
O texto é uma tentativa de desconstrução do modelo vigente, onde o atual sistema é “invalidado” e proposto um novo modelo organizacional de sociedade, voltado ao pensamento coletivo substantivo e ao multicentrismo da alocação de recursos.
Guerreiro Ramos em sua obra, apresenta uma relação interessante entre a ênfase na busca da racionalidade substantiva como norteadora de ações sociais e humanas e os tipos de organizações produtivas alternativas às organizações convencionais, qual em sua obra nos apresenta como Isonomia e Fenonomia.
Assim, faz-se necessário investigar como os valores individuais tornam-se expressões da coletividade num contexto sócio-econômico. Trata-se de compreender a capacidade do indivíduo não em combater, mas de mostrar realidades alternativas onde seja possível um ganho que extrapole o entendimento econômico.
O objetivo principal do texto é então apresentar as relações conceituais e práticas entre o indivíduo, a racionalidade substantiva e a noção de Isonomia e Fenonomia, fortalecendo a importância da dimensão social da sustentabilidade em modelos que necessitem de autonomia financeira. A questão que se coloca é se seria possível conciliar a lógica fenonômica/isonômica com a econômica.
O conceito base do texto é demonstrar que as organizações orientadas para uma economia social aproximam-se mais do modelo de Isonomia e Fenonomia sugerido pelo paradigma paraeconômico, o que leva a se inferir que seus membros encontram-se