aluno
A probabilidade de um momento de dipolo ser induzido depende não só da carga do íon e da intensidade do dipolo, mas também da polarizabilidade do átomo ou da molécula – ou seja, a facilidade com que a distribuição eletrônica do átomo (ou molécula) pode ser distorcida. Geralmente, quanto maior for o nú- mero de elétrons e mais difusa for a nuvem eletrônica do átomo ou da molécula, maior é a sua polarizabilidade. A expressão nuvem difusa significa que a nuvem eletrônica está espalhada em um volume apreciável, de modo que os elétrons sejam menos atraídos pelo núcleo.
A polarizabilidade possibilita a condensação dos gases constituídos por átomos neutros ou moléculas apolares (por exemplo, He e N2). Em um átomo de hélio, os elétrons movem-se a uma certa distância do núcleo. Em qualquer instante, é provável que o átomo tenha um momento de dipolo criado pelas posi- ções específicas dos elétrons. Este momento de dipolo designa-se dipolo instan- tâneo porque dura apenas uma pequena fração de segundo. No instante seguinte, os elétrons ocupam posições diferentes e o átomo tem um novo dipolo instan- tâneo e assim sucessivamente. Contudo, fazendo a média no tempo (isto é, o tempo que leva para medir o momento de dipolo), o átomo não tem momento de dipolo porque os dipolos instantâneos se cancelam. Em um conjunto de átomos de He, um dipolo instantâneo em um átomo pode induzir dipolos em todos os átomos vizinhos mais próximos