aluno
RESUMO
Objetivando uma melhor compreensão das relações entre Brasil e determinadas regiões do continente africano, oriundas do comércio transatlântico, deve-se ter em mente uma gama considerável de fatores que, por muitas vezes, ditaram as regras dessas negociações. Fatores presentes, em solos brasileiro e africano, além da pressão exercida por parte da Inglaterra para dar fim ao tráfico negreiro e as agitações provocadas pelos movimentos abolicionistas que eclodiram nas colônias europeias na América.
PALAVRAS – CHAVE: Abolicionismo; Escravos Africanos; Tráfico Atlântico.
INTRODUÇÃO
No presente artigo, buscamos destacar pontos fundamentais presentes na dinamicidade dos contatos comerciais, advindos do tráfico de escravos e da redistribuição dos mesmos no Brasil na primeira metade do século XVIII e até meados do século XIX. Consideramos importante, nesse âmbito, pontuar a mudança das atribuições de polo exportador e redistribuidor de mão de obra escrava, ocorrida por volta de 1730, na qual Salvador perdeu espaço para o Rio de Janeiro. Destacamos, ainda, a relação de proximidade criada entre Brasil e a região de Uidá, aonde se chegou, por certo período, a estabelecer-se uma comunidade brasileira, com consequentes reflexos na ligação futura e permanente entre Brasil e África.
Por fim, a conjuntura da segunda metade do século XIX, na qual o tráfico atlântico já havia sido extinto na maioria das colônias ou ex-colônias europeias na América (em algumas das regiões o processo ocorreu concomitantemente ao de independência) acompanhada da proibição do tráfico instaurada no Brasil, por volta de 1850.
Porque oportuno, salientamos o caráter panorâmico – porém esclarecedor - desse trabalho, não só em vista da riqueza de detalhes dos textos que deram origem a essa