aluno
Rafael Ferreira Fernandes
Anwar Shaikh, através de seu texto em “Globalization and the myth of the free trade” aborda diversas teorias relacionadas ao comércio internacional, expondo suas idéias e suas fraquezas. Dentre as teorias citadas, muitos economistas defendem que o livre comércio beneficiará a todas as nações, inclusives as menos desenvolvidas. Já o autor irá defender a teoria clássica das vantagens comparativas.
O modelo de Heckscher Ohlin é abordado no sentido de que as nações observam aquele fator de produção que possui em abundância para determinar qual bem produzir e importar bens que necessitam de mais fatores de produção que a nação possui menos. Além desta, outra teoria é a padrão, que afirma que os custos de produção são decrescentes. Segundo o autor esta teoria se sustenta por duas premissas: cada nação adotará o sistema de produção das vantagens comparativas, onde produzirá aquele bem que possui menor desvantagem comparativa e exportar para depois importar o bem que possui maior desvantagem comparativa, aumentando assim seus ganhos; A livre competição leva a maximização dos empregos em cada nação.
Contudo, o autor avalia que a teoria padrão do livre comércio não pode explicar o comércio internacional como um todo, uma vez que os próprios economistas que a defendem admitem que os efeitos benéficos no geral só vão ocorrer no longo prazo, em cerca de 75 anos. Além disto, de acordo com o autor, o mundo real é imperfeito, caracterizado por desigualdades entre as nações, diferenças de tecnologia, conhecimento, eficiência na mão de obra, etc, o que torna esta teoria, na prática, inviável.
A teoria clássica das vantagens comparativas, defendida pelo autor, rejeita a teoria padrão do comércio internacional. As nações não são iguais e nem serão através do livre comércio internacional. Pelo contrario, uma abertura do comércio servirá para expor quais são as nações pobres e quais são as ricas, sendo que, segundo o