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Protagonismo dos atingidos e políticas públicas preventivas são algumas das ações defendidas pelo CFP e Monades em 2013
No início de 2011, o maior desastre climático da história do país teve lugar na região serrana do estado do Rio de Janeiro por conta das fortes chuvas, deixando mais de 900 mortos e cerca de 35 mil desalojados. Dois anos depois, a história se repete - enchentes e quedas de barreiras atingem comunidades vulneráveis - e pouco ou quase nada foi feito desde então. Mesmo com um déficit habitacional crescente e a promessa da construção de 5 mil moradias em 2011, nenhuma casa popular foi entregue até agora pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Somente no município de Nova Friburgo (RJ) a construção teve início e, com os atrasos, o gasto com alugueis sociais já ultrapassa R$ 60 milhões.
A falta de políticas públicas voltadas para as consequências dos desastres socioambientais, segundo o integrante da Comissão Nacional do Movimento Nacional dos Atingidos por Desastres (Monades) , Edilson Moura, tem sido o maior entrave na luta pelos direitos das populações expostas a vulnerabilidades. Falta de recursos, excesso de burocracia para a liberação de verbas e a falta de terrenos adequados, são algumas das respostas do governo - em suas esferas municipais, estaduais e federal – quando questionado sobre o tema.
“Cria-se um impasse e os movimentos sociais vêm se manifestando de todas as formas para chamar a atenção dos gestores públicos. Mesmo sabendo das dificuldades, não pouparemos esforços para um enfrentamento maior em 2013, com mobilizações, manifestações nos espaços públicos e marchas na expectativa de, através da pressão, obtermos algum resultado”, diz Edilson.
Uma das consequências da luta do Monades – criado em novembro de 2011 – veio em dezembro de 2012, quando o Ministério Público Federal de Nova Friburgo solicitou ao Movimento um relatório que mostrava o mapeamento territorial das demandas dos atingidos e