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A Revolta dos Cipaios (também sipais ou sipaios) de 1857 a 1858 foi um período prolongado de levantes armados e rebeliões na Índia setentrional e central contra a ocupação britânica daquela porção do subcontinente.
O conflito causou o fim do governo da Companhia Britânica das Índias Orientais e o início da administração direta de grande parte do território indiano pela coroa britânica (Raj britânico) pelos noventa anos seguintes, embora alguns estados (chamados coletivamente de "Estados principescos") mantivessem uma independência nominal e continuassem a ser governados pelos respectivos marajás, rajas, nababos e etc.
Causas
A revolta não se limitou a unidades militares locais. O descontentamento na Índia tinha origem na campanha de ocidentalização imposta pela Companhia Britânica das Índias Orientais. Entre as razões do descontentamento estavam às intervenções na política interna dos Estados indianos sob protetorado:
*A doutrina de preempção (doctrine of lapse), definida pelo governador-geral Dalhousie, impunha a convalidação, pela autoridade britânica, dos sucessores tradicionalmente adotados pelos dirigentes locais sem herdeiros do sexo masculinos título de peshwa (primeiro-ministro hereditário marata) foi recusado em1853 a Nana Sahib, filho adotivo do peshwa; o imperador mogol Muhammad Bahadur Shah foi informado de que ele seria o último de sua dinastia.
Os britânicos também proibiram o casamento de crianças e a tradição da sati(viúva que se imolava na fogueira funerária de seu marido), além de perseguir os tugues (adoradores de Kali que roubavam e matavam suas vítimas por estrangulação).
Os indianos também começaram a acreditar - com alguma razão - que os britânicos pretendiam convertê-los por bem ou por mal ao cristianismo. Por último, circulou uma profecia de que o domínio da Companhia se encerraria ao término de 100 anos (ou seja, em 1857).
Sipais
Eram soldados indianos que serviam no exército da Companhia