Aluno
Tony Honorato
PPGE/UNIMEP/CNPq
Introdução
A proposição é descrever empiricamente uma história da modalidade Skate no
Brasil. Para orientação desta descrição partimos dos preceitos de Norbert Elias & Eric
Dunning (1992) e Pierre Bourdieu (1983). De Elias e Dunning assumimos a orientação que há um processo de transição do lazer à esportivização. Já de Bourdieu ancoramos na suposição que “a história do esporte é uma história relativamente autônoma que, mesmo estando articulada com os grandes acontecimentos da história econômica e política, tem seu próprio tempo, suas próprias leis de evolução, suas próprias crises, em suma, sua cronologia específica”1. Neste sentido buscamos identificar como foi se constituindo, processualmente, as pistas de skates, os primeiros campeonatos, os atores sociais, as instituições, os produtos esportivos, os vendedores de espetáculos, a profissionalização e outras práticas socialmente aceitáveis em um determinado momento que especificam a modalidade Skate e seus praticantes figurando a tribo skatista. Uma descrição empírica
A prática do Skate no Brasil pode ter iniciado em meados da década de 1960,
“com uma galera que estava começando a surfar por aqui, influenciada pelos anúncios na revista surfer. Na época seu nome era ‘surfinho’, e era feito de patins, pregado numa madeira qualquer e com as rodas de borracha ou de ferro”2. A data e o local de sua origem é uma polêmica, pois há rumores de seu surgimento em 1964 na Urca (Rio de Janeiro), mas como nada foi documentado torna-se difícil apontar precisamente.
Para ilustrar um pouco mais esta problemática, Marcos ‘ET’3 identificou um senhor de
47 anos de idade, músico, que narrou seu envolvimento com o Skate no ano de 1966 com seu amigo Severino, num cenário diferente da história contada.
Já na memória do skatista Cesinha Chaves (2000) que vem trabalhando com
Skate desde de 1977, lembra das suas duas paixões