Alto Forno Carv O E Coque
Os altos-fornos são equipamentos utilizados para a produção de ferro-gusa líquido, que é uma das principais matérias-primas utilizadas para a fabricação do aço, o gusa líquido entregue na Aciaria é produzido em 2 altos fornos. O alto forno 1, o menor deles, é responsável por 35 % da produção e o alto forno 2 por 65 %. Em ambos a carga metálica, fonte de ferro para o processo, é composta por pelotas e minério de ferro granulado em diferentes proporções.
O redutor granulado, carregado no topo, utilizado no alto forno 1 sempre foi o carvão vegetal, já no alto forno 2, em 1996, o carvão vegetal foi substituído pelo coque metalúrgico em sua maioria importado do Japão e da China. A opção da troca do carvão pelo coque no alto forno 2 se deveu principalmente aos baixos custos do coque devido à grande oferta do mesmo no mercado internacional. Entretanto, a partir de 2003 com a obsolescência de coquerias em todo o mundo e a redução significativa da oferta de coque pela China devido ao fechamento de várias coquerias naquele país por problemas ambientais, o mercado de coque passou a apresentar uma instabilidade crescente.
Uma das possibilidades de mitigação das emissões de CO2 na siderurgia brasileira é a ampliação da utilização, como redutor metalúrgico, do carvão vegetal proveniente de florestas plantadas (CGEE, 2010).
A madeira é fonte importante de energia para o Brasil, representam 12,9% da oferta total de energia, a mesma participação que a energia hídrica e a energia proveniente de cana de açúcar. Embora o consumo de madeira viesse caindo até meados dos anos 90, a partir 1998 o consumo de combustíveis de madeira começou a crescer, impulsionado pelo aumento da produção de carvão vegetal, que está diretamente relacionado à produção siderúrgica. O rápido crescimento da demanda por carvão vegetal gerou pressão sobre florestas nativas, provocando desmatamento e consequentemente emissão de gases de efeito estufa. Estima-se que em 2005 foram