ALTERIDADE

ALTERIDADE – O EU E O OUTRO

ALTERIDADE
Alteridade é um conceito filosófico que pressupõe que todo Ser Social interdepende do Outro e esse Outro (coletivo) é determinante para a existência do Eu (individual).
Nos dias atuais, a figura do Outro assume um lugar central na filosofia moral e na conquista de um bem viver. No entanto, ainda há uma grande dificuldade para se pensar sobre tudo o que está fora de nós.

Até a Idade Média, o Outro não tinha um papel de destaque na procura de um bom viver. A preocupação do homem era respeitar as regras do Cosmo, dos deuses, de Deus. O Outro era apenas um detalhe inserido no cotidiano.
Para os gregos, a referência central era o Cosmo (a obediência e o respeito pela observância de suas regras), a matemática e as ciências naturais. O Outro é uma condição material de sua inserção cósmica, mas não é o principal, ou ele é superior a mim e, por isso, mais valoroso do que eu, ou é inferior a mim e, por isso, meu escravo.
Para o Cristão, o ponto central era Deus, com o qual mantinha um diálogo íntimo e do qual recebia sua missão de vida. Todos são irmãos e é bom que tenham uma boa convivência, mas a relação do Eu é com Deus.
O Outro sempre teve um papel secundário; o papel principal era do Cosmo ou de Deus. O Eu poderia se dar perfeitamente bem se encaixando no Cosmo ou fazendo o que Deus queria. O Outro até poderia participar disso, mas como coadjuvante.

A IDADE MODERNA
A modernidade traz consigo a ideia de que o Universo não pode garantir a felicidade do homem e seguir a vontade de Deus pode ser muito dificultoso. Nem o Cosmo e nem Deus pode servir de referência central para que o Eu tenha um vida boa. Desaparecem os fundamentos Cósmico e Divino. Passa a ser importante estudar o Outro.

FILOSOFIA CARTESIANA (René Descartes)
O pensamento inicial de Descartes é: será que tudo o que eu penso ser verdade é realmente verdade? Surge o conceito do CÓGITO. Uma preocupação em não mais aceitar as verdades como eram