alojamento conjunto
Até o final do século XIX o lugar dos recém- nascidos (RN) era junto a suas mães, principalmente porque nasciam em suas casas. Os hospitais ainda não dispunham de berçários e seus recursos tecnológicos eram muito precários, fazendo com que o parto em casa fosse tão ou mais seguro que o realizado no hospital. Com o passar do tempo os hospitais passaram a dispor de alas reservadas aos recém-nascidos, como resultado, as primeiras horas e dias dessa criança passaram a ser longe de sua mãe, dificultando, assim, o processo inicial de aleitamento materno. Nos anos 40, pediatras e psiquiatras apresentaram trabalhos sobre o relacionamento mãe-bebê, confirmando as suspeitas de que a separação inicial deixava as mães despreparadas para cuidar e amamentar seus filhos, além de deixar os recém- nascidos insatisfeitos e com possíveis distúrbios emocionais no futuro (DINIZ, 2005). Com o propósito de humanizar o nascimento foi criado em 1946 o projeto “Alojamento Conjunto”. Ele é um sistema no qual a mãe e o RN permanecem juntos após serem liberados do centro obstétrico. Para o RN seguir ao alojamento conjunto, deve-se avaliar sua vitalidade, idade gestacional, peso e teste de Apgar; já a mãe, sua capacidade física e mental de cuidar e amamentar o RN. As vantagens desse sistema são inúmeras, entre elas podemos citar o aprendizado materno sobre os cuidados com o bebê, o estabelecimento precoce de vinculo afetivo entre o filho-mãe-família, promoção do aleitamento materno, diminuição das infecções hospitalares, diminuição da ansiedade materna, troca de informações entre mães, aumento do bem estar do RN, acompanhamento mais efetivo do atendimento médico (DINIZ, 2005).
1.1 HISTÓRICO
No início do século XX, os hospitais passaram a ter berçários. Essa proposta era baseada em normas rígidas de isolamento, sendo rapidamente difundida e aceita devido às altas taxas de mortalidade infantil por epidemias e diarreias, além de doenças respiratórias e outras