Almento das bacterias
Introdução:
Nos últimos anos, constatou-se um aumento da prevalência de bactérias resistentes aos agentes antimicrobianos utilizados em meio hospitalar. Este fato suscita muita preocupação, dado que se as bactérias forem resistentes a praticamente todos os agentes antimicrobianos existentes, deixa de existir com o que tratar os doentes. Para evitar esta situação, além de ser necessário realizar uma escolha mais criteriosa dos antibióticos, de modo a não favorecer a seleção de bactérias resistentes, devem ser tomadas medidas no sentido de diminuir a disseminação de bactérias entre os pacientes. Os antibióticos podem considerar-se bactericidas, se matam as bactérias, ou bacteriostáticos, se impedem que se multipliquem. Os antibióticos podem interagir com as bactérias por diversos mecanismos de ação: inibição da síntese da parede celular, alteração da membrana citoplasmática, inibição da síntese protéica, macrólidos, inibição da DNA girase, inibição da RNA polimerase.
Objetivo:
Caracterização e comparação do fenótipo de resistência a antibióticos, em estirpes de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae, isoladas de vários produtos biológicos provenientes de doentes de vários serviços do Hospital de Santa Maria;
Análise das relações clonais entre estirpes produtoras de ESBLs;
Caracterização do ambiente genético em que as β-lactamases se inserem.
Materiais e Métodos:
Foram isoladas 129 estirpes de Escherichia coli e 82 de Klebsiella pneumoniae.
A susceptibilidade aos antibióticos foi confirmada pelo método de difusão dos discos em meio gelosado Mueller-Hinton [5] (BIOKAR Lt 5A154). Os 7 antibióticos testados foram: amoxicilina + ácido clavulânico (AMC), ceftazidima (CAZ), cefotaxima (CTX), cefoxitina (FOX), imipenemo (IMP), gentamicina (GM) e ciprofloxacina (CIP). Os resultados foram iterpretados de acordo com as orientações do Clinical and Laboratory Standards