Alienação ideológica
É como Cazuza já afirmava, “Ideologia, eu quero uma pra viver!”. Os ideais de uma pessoa são as válvulas condutoras de sua existência.
Para Marx e Engels, “o homem não se percebe como coisa e não enxerga os mecanismos de dominação e exploração implícitos no modo de produção capitalista” (PIRES, Valdir. Fetichismo na Teoria Marxista: Um Comentário). Nós, dentro desse pensamento somos meros “produtos” e, tal como eles, possuímos “valor de troca”, trabalhamos, recebemos salários, e o gastamos no mundo capitalista. E sendo baseados nessa teoria, eles dizem que relações sociais são baseadas a partir das condições materiais existentes, ou seja, o modo como nos relacionamos e vemos o outro, está intimamente ligado a sua condição financeira e social. Na sociedade atual, nós trabalhamos para consumir. Estudamos, não pelo fato de realizar um sonho, ou adquirir conhecimento, e sim para prestarmos serviços. Serviços estes, que se transformarão em salário, que será usado para fins de consumo. O ‘ter’, na nossa sociedade, está vinculado ao prazer, ao contentamento pessoal. A felicidade se dá, através do consumo. Para Marx, essa inter-relação chamasse Alienação. Quando o pensamento puro se torna pensamento sensível, visando uma realização material na forma de trabalho, nos alienamos, nos separamos da essência pura e abrimos caminho para uma separação entre ideal e real.
Para ele, as pessoas se submetem às condições sociais, políticas, culturais, como se elas tivessem vida própria. Um ótimo exemplo é a política, a população não sabe se pronunciar e ir atrás do que é seu por direito, não faz nada prático que possa mudar o sistema. Quem faz a história é o homem, porém, não sabe que faz. A ideologia possui uma grande capacidade de mobilizar as pessoas e as massas. Mostra-se como progressiva, avançada ou revolucionária, não pelas declarações, pela ostentação, pelo que o sujeito fala. Ela só e é pela prática, ação do sujeito. Exemplo: Mobilização feita “Pelos