Alienação e ideologia - resumo
O trabalho como práxis, alienação na sociedade industrial, ideologia e trabalho, alienação, ideologia e educação, conta-ideologia. (Resenha)
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ª ed. rev. e ampl. São Paulo, SP: Moderna, 2006
O trabalho como práxis
Atividade própria do homem, distinta da ação animal. Significa união dialética da teoria e da prática. Dialética é a relação entre teoria e prática porque não existe anterioridade nem superioridade entre uma e outra, mas sim reciprocidade. Uma não pode ser compreendida sem a outra, pois ambas se encontram numa constante relação de troca mútua. Práxis é qualquer ação humana sempre carregada de teoria (explicações, justificativas, intenções, previsões. Também toda teoria, como expressão intelectual de ações humanas já realizadas ou por realizar, resulta da prática. O trabalho é condição de liberdade desde que o trabalhador não esteja submetido a constrangimentos externos, tais como a exploração, situação em que deixa de buscar a satisfação das suas necessidades para realizar aquelas que lhe foram impostas por outros. Quando isso ocorre, o trabalho torna-se inadequado à humanização: trata-se do trabalho alienado. A sociedade industrial
O homem antecipa a ação por meio do pensamento, criando idéias, teorias, que seriam na verdade o resultado de um trabalho "não-material", ou seja, um trabalho intelectual.
Desde o início da civilização, no entanto, sempre que na sociedade são criadas relações hierárquicas, dá-se a separação entre trabalho intelectual e trabalho manual. Com isso, aqueles que se ocupam com o trabalho intelectual tendem a desprezar as atividades manuais, enquanto os trabalhadores braçais, ao assumir essa "inferioridade" imposta, deixam de ter clareza teórica suficiente a respeito de sua prática, mantendo-se presos a uma atividade tão intensa e tão divididos que a reflexão se torna quase impossível.
Como o trabalhador não realiza ele mesmo a reflexão sobre o seu