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A metade de todos os seres vivos de nosso planeta pertence ao filo Arthropoda, o que lhes confere uma forte importância ecológica em todos os grandes ecossistemas atuais. Se, por algum motivo, essas criaturas deixassem de existir, a vida multicelular da Terra entraria em colapso. Os artrópodes são fonte de alimento direto para muitos anfíbios, peixes, mamíferos, aves e répteis.
Vários desses invertebrados têm papel relevante para a vida de diversas espécies vegetais, especialmente os da ordem Hymenoptera – abelhas, vespas e formigas. Enquanto abelhas e borboletas são polinizadoras, certas formigas estabelecem uma relação mutualística com determinadas plantas.
A formiga Pseudomyrmex ferruginea, por exemplo, vive na acácia-de-chifre-de-búfalo (Acacia cornigera)e sua presença é imprescindível para a sobrevivência dessa árvore. Em troca de abrigo e alimento, a P. ferruginea defende toda a planta de pragas animais e ervas parasitas. Os invasores de uma acácia habitada por essas formigas são vorazmente atacados.
O ser humano também se beneficia de algumas espécies de artrópodes em diversas situações. Em lavouras, são utilizados no controle ecológico de pragas. Na entomologia forense, ajudam os cientistas a descobrir informações úteis para uma investigação criminal. Mais ainda, os crustáceos são uma importante fonte de alimento para as pessoas e movimentam parte da economia mundial.
Se por um lado existem artrópodes benéficos a diversos seres vivos, também há, no filo Arthropoda, criaturas que os prejudicam. Muitas delas, inclusive, causam a morte de vegetais, seres humanos e outros animais. Por exemplo, os maiores inimigos da humanidade são membros da família Culicidae, os mosquitos. Algumas espécies desses insetos dípteros (que possuem duas asas) são vetores de doenças como a malária e a dengue.
Apesar de a maior parte das espécies de culicídeos não ser considerada perigosa para o ser humano, qualquer mosquito pode transmitir o berne: