Algumas Ideias sobre Psicologia Existencial
Danuta D. Pokladek
Existir (EK-SISTERE) significa revelar-se a cada momento, na construção de quem queremos ser, em um eterno movimento entre dois âmbitos: o da familiaridade e o da estranheza. Isso quer dizer que transitamos entre aquilo que nos é familiar, que nos protege e ampara, e daí surge a necessidade de permanecer, de ficar nessa condição (SISTERE), e entre aquilo que é desconhecido, e, portanto nos impulsiona para fora, desalojando-nos da estabilidade do cotidiano, e daí a necessidade de movimento, de ir adiante (EK).
Existir é deparar-se o tempo todo com a angústia que se instala em nosso cotidiano e nos adverte da necessidade de mudanças, adaptações, na busca de superações. Já dizia o poeta Rilke: “Aquilo que é bicho papão na existência pode virar os meus melhores anjos”.
A Psicoterapia Fenomenológico-Existencial irá auxiliar a pessoa no encontro com aquilo que lhe é único – a sua expressão autêntica e o compromisso com suas próprias escolhas. No processo psicoterapêutico, a pessoa reconhece a responsabilidade pela própria vida e a liberdade para realizar suas escolhas, compreendendo quem é de fato e buscando quem quer ser.
Em síntese, há uma definição do termo Psicoterapia, proposta por Franz Rúdio (2001) que diz o seguinte: “A Psicoterapia é um processo relacional, que assume a forma de um encontro entre pessoas, onde um profissional, o psicoterapeuta, presta a alguém que o procura, o cliente, uma ajuda psicológica para que descubra, com seu próprio esforço, a sua identidade como ser humano, vença as alienações em que se encontra e forme uma auto-imagem e uma auto-estima adequadas e dinâmicas, que lhe permita assumir-se como realmente é e entrar em um processo de existência percebida por ele como produtiva para si e para os outros, satisfatória e realizadora das potencialidades que possui.”
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